Solidariedade

Juventude Socialista de Santos Dumont faz balanço de sua primeira campanha do Agasalho realizada na cidade nos últimos meses

A JSPDT - SD – Juventude Socialista do Partido Democrático Trabalhista de Santos Dumont em parceria com escolas publicas e municipais, empresas, comunidade visando atender à população carente do município, iniciou, em junho, a arrecadação de doações para a Campanha do Agasalho 2010, com o tema “QUANTO MAIS GENTE MAIS QUENTE” onde os sandumonenses demonstraram serem solidários, encaminhando suas doações para os postos de cole ta, desfazendo-se de algo que não era mais útil, mas que para muitas pessoas teve grande valor, no domingo 18 de julho de 2010.
A Campanha do Agasalho deste ano foi considerada um sucesso, devido ao ato de solidariedade. Solidária. Assim pode ser classificada a população de Santos Dumont quando o assunto é ajudar a quem mais precisa. Prova dessa atitude foi a expressividade nas doações para a CAMPANHA DO AGASALHO 2010 e o trabalho voluntário dos integrantes da juventude socialista de Santos Dumont, que ajudaram a separar as peças de roupas por tipo, tamanho e organizaram os pares de calçados e na entrega dos agasalhos acompanharam cada beneficiário, auxiliando na escolha de seus donativos.
Foram beneficiadas varias famílias carentes na Vila do Sapo no distrito de Campo Alegre e outros distritos rurais de nossa cidade como São Domingos e Engenho para as quais foram entregues mais de 3.000 mil peças de roupas.

Os agasalhos chegaram na hora certa, disse uma moradora da Vila do Sapo, que mora com cinco filhos e o esposo. “Os agasalhos vão agasalhar toda a família”, afirmou.
O presidente da juventude socialista de Santos Dumont, Léo Chaves agradece a todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para o sucesso desta campanha e, em especial, aos patrocinadores os diretores de escola os empresários de nossa cidade.
Nós como juventude nos sentimos felizes e agradecemos a todos que com carinho e dedicação contribuíram para a realização da Campanha.

A Campanha é uma realização muito importante onde às voluntárias da Juventude Socialista se esforçam para que as pessoas possam sair satisfeitas. Esse e um trabalho em conjunto onde a recompensa é a alegria das pessoas beneficiadas principalmente a satisfação de matar o frio de uma criança.
A campanha do agasalho foi acompanhada e supervisionada pelo Vereador Afonso Ferreira – PDT, que salientou o sucesso e a importância da Campanha, “Essa campanha, é vitoriosa pelo sucesso alcançado já em seu primeiro ano, é uma ação que envolveu parceiros e toda população, que unidos deram demonstrações de solidariedade, fazendo de Santos Dumont uma cidade mais justa e fraterna. O vereador ressaltou também que: “uma sociedade ordeira e evoluída se faz com o comprometimento de jovens empenhados nas causas sociais, amor ao próximo, que é preciso mais e mais jovens na busca de uma sociedade que não esconda suas mazelas ou mesmo as ignore, que esta campanha seja um prelúdio de um futuro melhor para os menos favorecidos e que estes jovens e adultos participantes podem contar com ele Afonso Ferreira como cidadão que não foge as suas responsabilidades, estará junto para idealizar e executar outras empreitadas em favor de seus semelhantes e principalmente seu domicílio, nossa Santos Dumont”.
A juventude socialista de Santos Dumont continuará recebendo doações de quem ainda quiser contribuir e distribuindo agasalhos para aqueles que, por ventura, ainda não foram beneficiados.
Ainda enfatizamos a colaboração de várias empresas e pessoas que contribuíram para a realização deste feito de forma direta e indireta, INDEPENDÊNCIA MOTOS - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - STOP LANCHES - LOJA CASA GRANDE E REDE MINAS - MODA E ARTE -DROGA ÚTIL - HONORI - PIRADÃO DAS FABRICAS - ODONTOMED - ESCOLINHA ARCO-ÍRIS - AUDITORIA CORRETORA DE SEGUROS - CELESTE VIPLAM – BUENA SORTE LOTERIAS - JORNAL PANORAMA – JORNAL MENSAGEM – JORNAL DO POVO – TOTA MENEGUEL - POSSANTE ON-LINE - SEICHO-NO-IE, e uma gama de alunos e diretores das escolas que visitamos, o nosso muito obrigado!

Léo Chaves
Presidente da JS/PDT Santos Dumont – MG
Coordenador Geral da JS/PDT na Zona da Mata

Entrevista


Em entrevista concedida ao jornal A Verdade, o ex-deputado federal Sérgio Miranda fala do atual cenário político nacional e internacional, das principais lutas dos trabalhadores no Brasil e da necessidade de fortalecer o movimento de massas para enfrentar a crise econômica do capitalismo, como resposta da classe trabalhadora e do povo aos grandes desafios políticos atuais. Sérgio Miranda é pré-candidato a deputado federal pelo PDT nas próximas eleições, já tendo exercido o mandato durante quatro legislaturas.

A Verdade – Qual a sua opinião sobre o atual quadro político no Brasil?

Sérgio Miranda – O atual quadro é dominado pelo processo eleitoral, que infelizmente tem se caracterizado pela enorme despolitização e pela não discussão dos problemas reais que afetam a economia e o povo brasileiros. Parece que tudo se resume a uma questão de marketing. A ameaça do retorno ao poder das forças mais à direita não pode ser subestimada. O retrocesso com a vitória dessas forças na política externa é algo bastante ameaçador. As declarações de Serra atacando os líderes progressistas na América Latina e contrárias à iniciativa do Brasil para evitar a ameaça de guerra contra o Irã, incluindo as relações do Brasil com Cuba, são evidências disso. As forças de esquerda têm nessa eleição um enorme desafio: aumentar o contato com o povo, levantar os problemas concretos vividos pelos trabalhadores neste debate eleitoral e garantir a conquista de espaços para candidatos progressistas.

A VERDADE – Como você avalia a crise econômica mundial? Quais as consequências da crise no Brasil e seu impacto na vida dos trabalhadores?

Sérgio Miranda – A crise econômica que se iniciou em 2008, com a quebra do sistema financeiro norte-americano, não se esgotou, como alguns pretendem defender. É uma crise grave, comparável à de 1929, e que, com o agravamento da situação da Europa, mostra que ainda vai demorar muito para ser superada. O que chama a atenção é que, na primeira fase da crise, os Estados nacionais se endividaram para garantir o funcionamento dos mercados financeiros e evitar uma queda maior no nível de atividade. Agora, com o crescimento dos déficits fiscais e do endividamento público, a conta está sendo paga pelos trabalhadores e servidores públicos. As recentes medidas adotadas pela Grécia, Espanha e Portugal, de corte de salários e aposentadorias e diminuição de programas sociais demonstram que tudo é feito para preservar os interesses dos credores financeiros. Os trabalhadores e o povo vêm se manifestando nas ruas e tudo indica que se prepara um grande crescimento do movimento popular contra esse tipo de medida.

A VERDADE – O que você pensa sobre o modelo desenvolvimentista do governo atual?

Sérgio Miranda – O modelo desenvolvido pelo governo Lula, de fortalecimento dos grandes monopólios nacionais em áreas de exportação de matérias-primas feito com recursos públicos do BNDES, deve ser criticado. Há um erro estratégico na política econômica do governo, que está conduzido o Brasil a uma regressão na sua indústria e ao fortalecimento de uma visão que torna o País um mero exportador de soja, minérios, celulose etc. Isso é grave, pois não gera emprego de qualidade, fortalece as elites mais reacionárias e conservadoras e significa, na prática, um retrocesso no desenvolvimento industrial já alcançado pelo Brasil. As ações do governo servem ao grande capital e não levam em conta a situação dos trabalhadores. Nenhuma das medidas adotadas no governo FHC, que prejudicam os trabalhadores, foi revogada. Como, por exemplo, os bancos de horas, o Fator Previdenciário e os múltiplos contratos de trabalho precário. Isso aparece de forma mais clara na proposta de reforma tributária, que não aborda o que há de mais grave no nosso sistema, no qual a carga tributária é mais pesada para os pobres e se tributam muito pouco o patrimônio e a renda das elites endinheiradas.

A VERDADE – Que acha do processo de privatização do petróleo brasileiro?

Sérgio Miranda – Esse é um dos pontos mais negativos do governo Lula, que não teve a necessária coragem política de revogar a Lei nº 9.478, do governo FHC, e suspender os leilões das bacias petrolíferas. O governo, agora no pré-sal, muda parcialmente esse modelo com o regime de partilha, mas mantém as concessões para as áreas que não são do pré-sal. Temos que conquistar, através da luta e da mobilização, o fim dos leilões, uma efetiva defesa dos interesses nacionais na exploração do petróleo na camada do pré-sal.

A VERDADE – Quanto à CPI da Dívida Pública, qual sua posição a respeito?

Sérgio Miranda – Uma importante iniciativa de alguns parlamentares, junto com o movimento da Auditoria Cidadã da Dívida, que, infelizmente, não teve repercussão nem na mídia nem na sociedade. Denúncias graves foram feitas, porém nem o movimento sindical nem os partidos deram repercussão a esses fatos, porque adotam uma visão errada de que a dívida não é mais um problema. A CPI demonstrou cabalmente que este raciocínio é errado. A dívida já supera os R$ 2 trilhões e seu custo é de R$ 200 bilhões por ano, que são pagos com a emissão de novos títulos – o que, na verdade, só faz aumentar ainda mais a dívida. Isso quando a arrecadação total da União é de pouco mais de R$ 500 bilhões. O Brasil trabalha para pagar juros aos banqueiros.

A VERDADE – Foram votados o fim do fator previdenciário e o reajuste de 7,7% para os aposentados, uma causa em que você teve uma atuação muito grande no Congresso Nacional. Qual sua opinião sobre essas medidas?

Sérgio Miranda – São medidas justas e corretas, uma vitória do movimento dos aposentados e pensionistas, os quais, com sua mobilização, conseguiram conquistar apoio na sociedade e, com isso, pressionaram os parlamentares para garantir essas conquistas. O fator previdenciário, além de injusto socialmente, é um erro técnico, pois pode levar ao absurdo de um trabalhador que prorroga o seu pedido de aposentadoria ter o seu benefício diminuído, já que a expectativa de sobrevida do IBGE muda a cada ano, dando saltos de 10 em 10 anos. O fator previdenciário prejudica mais aqueles que iniciaram mais cedo a sua vida no mercado de trabalho e aqueles trabalhadores que estão expostos a situações insalubres e perigosas. O reajuste dos aposentados é uma medida correta e justa. Os aumentos reais de salário mínimo buscam transferir para os salários parte da elevação da produtividade do trabalho. Os aposentados não podem ficar à margem desses avanços, pois contribuíram para a elevação da produtividade quando estavam trabalhando e é justo que recebam também esses aumentos. Caso isso não seja feito, seus benefícios ficam achatados em relação ao salário mínimo. Esperamos que o governo Lula tenha juízo e não vete essas medidas justas em benefício dos trabalhadores.

A VERDADE – Você, que tem acompanhado a luta dos estudantes de Belo Horizonte pelo meio passe nos últimos 25 anos, que acha dessa situação continuar sem solução até hoje?

Sérgio Miranda – As autoridades municipais de Belo Horizonte não têm argumentos para justificar o fato de que a nossa capital seja a única que não concede esse beneficio aos estudantes. Isso só faz demonstrar o descaso da Prefeitura em relação à educação, pois o meio passe é uma forma de permitir o acesso dos estudantes às escolas. Os estudantes de Belo Horizonte mantêm-se ativos e mobilizados na defesa do meio passe e na denúncia da insensibilidade social da prefeitura.

Por Fernando Alves

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