José Maria Rabelo prestigia Posse da UEE MG






Jose Maria Rabelo participa da Posse da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais que Relembrou os 50 anos da Cadeia da Legalidade

Aconteceu na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na terça feira dia 20 de setembro, a posse da nova diretoria da UEE MG. O evento ocorreu no plenário II da casa com a participação dos Deputados Carlin Moura (PCdoB) e Antônio Júlio (PMDB), que em suas falas relembraram os tempos de sua militância estudantil, enfatizando a importância da organização dos estudantes para formação de cidadãos conscientes para enfrentar as lutas do dia a dia. Ambos citaram o exemplo da participação qualificada dos estudantes durante greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais que já dura mais de 105 dias.

O evento foi marcado propositalmente pelos estudantes justamente no dia em que os professores mineiros definiram em assembléia, fazer uma vigília na ALMG, na tentativa de um diálogo com o governo. A Coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação Beatriz Cerqueira, aproveitou para passar os informes de como anda o movimento de greve e fazer um apelo para que os estudantes continuem apoiando o movimento grevista como tem sido feito até então. Após o encerramento de sua fala, os estudantes presentes gritaram palavras de ordem de apoio como “ O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”.

O Presidente eleito Rafael Leal recebeu a posse juntamente com a nova diretoria, prometendo muitas atividades dentre elas a garantia da nova sede da UEE e da ampliação da Luta pelo fundo Social do Minério para a educação. O militante do PDT e estudante de Ciências Atuariais da UFMG Thárcio Guzella, indicado pelo movimento Reinventar para ocupar a Vice Presidência da entidade, em sua fala demonstrou disposição total para a consolidação de uma entidade antenada nas lutas sociais, destacando a luta pelo Piso Salarial do Professor e também pela Estadualização da UEMG.

A JS PDT e o Movimento Reinventar convidaram para a solenidade de posse, o militante histórico e fundador do PDT, jornalista José Maria Rabelo. Na oportunidade aconteceu um ato em comemoração aos 50 anos da cadeia da Legalidade, movimento de resistência civil e militar capitaneado por Leonel Brizola depois da renuncia de Janio Quadros em 1961. A resistência contou com apoio da UNE que provisoriamente transferiu sua sede para Porto Alegre. Nesta ocasião o movimento garantiu a posse do Ex-Presidente João Goulart, que se encontrava em uma Conferência na China comunista de Mão-Tse-Tung, houve então uma tentativa de golpe articulada por políticos contrários às políticas sociais reformistas de Jango, juntamente com militares e reacionários.
Houve apresentação de video documentário sobre a legalidade e em seguida, logo no início de seus comentários sobre o video, Jose Maria Rabelo "alfinetou",  "a insensibilidade social da Família Neves vem de muito tempo", relembrando que foi Tancredo Neves, um dos principais articuladores do regime parlamentarista após a garantia da legalidade. Ele afirmou que Brizola nunca perdoou Jango por ter aceitado aquela articulação, José Maria Rabelo acredita que se a resistência continuasse até mesmo o golpe de 64 poderia ter sido evitado.

Ele também considerou importante a juventude de hoje conhecer e rememorar o movimento da Legalidade, Rabelo qualifica o como um grande movimento revolucionário Brasileiro, e é sem dúvidas um dos maiores exemplos de levante popular e patriotismo em nossa história. Chorando ao fim de sua intervenção, lembrou da importância em sua vida de ter militado e sido companheiro de Leonel Brizola e que são estes exeplos que a juventude deve seguir.

JS PDT SECOM

Greve dos Professores de Minas Gerais

Greve Professores Minas Gerais e Copa do Mundo,
por Cristovam Buarque


Greve dos Professores de Minas Gerais

Carta enviada ao Senador Cristovam Buarque por Professor Mineiro

Caríssimo Senador Cristovam Buarque,

Quero apresentar-lhe uma situação gravíssima contra a educação e os professores de MG. Mas antes, parabenizá-lo e agradecê-lo pela luta que tem assumido no Senado e em sua trajetória de vida em defesa da Educação. O Senhor é a voz viva de cada um de nós, educadores, no parlamento federal.
Sr. Senador, nós professores de MG e de mais quatorze estados estamos em greve que já dura mais de 60 dias. Nossa reivindicação é legítima e urgente. Em Minas queremos que o Governo cumpra a resolução do STF e pague o piso salarial de R$ 1.187,00 (ver anexos). Hoje o piso ou salário base dos professores estaduais de Minas é o menor do Brasil. (R$ 369,89.)
O governo de Minas de forma intransigente, não negocia, não recebe os professores, não dialoga, não respeita a lei federal e ainda tenta desqualificar o movimento e a importância do professor titular, designando e contratando em caráter dito “emergencial” pessoal não habilitado para dar aulas em substituição aos professores em greve. São contratações de pessoas que jamais entraram em uma sala de aula para lecionar, são engenheiros, publicitários, tecnólogos entre outros, contratados nesta semana para substituir o corpo docente titular que está em greve.
O que está acontecendo em Minas é um verdadeiro atentado à educação e aos professores, também aos alunos e pais. É um sucateamento generalizado da Educação, um massacre contra os professores de carreira que lutam pelo seu direito e melhoria de vida e condições de trabalho.
Não bastasse o sucateamento histórico de nossos salários e condições de trabalho, o governo de Minas agora tenta nos descartar, nos desvalorizar, jogar no lixo nossa carreira, nossos anos de estudos, conhecimentos e investimentos em licenciatura para que nos tornássemos professores habilitados e capacitados a docência. O governo tenta nos sucatear negando nosso piso de direito, impondo um subsídio absurdo e agora contratando pessoas não qualificadas para nos substituir em sala de aula.
Para o governo de Minas nossa qualificação não tem a menor importância. A carreira de docente, a qualidade, preparo e capacidade do professor não importam. O que importa é ter alguém, uma figura em sala de aula falando e fazendo alguma coisa com nossos alunos. Para que os pais e os próprios alunos pensem que está havendo aulas e a imprensa divulgue uma normalidade na educação Mineira.
Por isso, como cidadão e professor, peço encarecidamente ao caríssimo senador Cristovam Buarque que tome conhecimento dessa barbárie e nos apóie levando inclusive à tribuna do Senado federal a nossa situação, para sensibilizar os demais senadores que defendem a educação e o professorado e quem sabe assim removermos a intransigência do governo de Minas.
Para municiá-lo de dados e informações envio anexo material sobre o assunto e sugiro acessar os sites abaixo:



Atenciosamente,
Professor Westerley Santos

Nota de Apoio aos Professores Mineiros

A juventude Socialista do PDT de Minas Gerais – partido que tem a sua história marcada pelas lutas e conquistas em prol dos trabalhadores e pela educação, está lado a lado com os professores na luta por salário digno, a para fazer valer a Lei do piso salarial dos professores, do Senador Cristóvam Buarque, um pdetista incansável pela causa educacional. Nada é mais urgente que a consolidação de um projeto avançado para a Educação em nosso país, e isso passa necessariamente pela valorização desses profissionais que tem um papel tão importante em nossa sociedade, mas que na prática recebem um salário de miséria, por extensa jornada de trabalho.

O nosso Estado vem num crescente econômico, gerando emprego, fazendo grande obras e honrando a posição de 2° maior economia do país. No entanto, é apresentado pelo governo uma situação que justifica cortes de gastos. Entendemos a importância da responsabilidade fiscal, mas não aceitamos que isso seja argumento para o não pagamento do piso aos professores. Minas Gerais exporta minério para o mundo e recebe em troca uma migalha por isso. Vale lembrar que está em Minas o a maior reserva de  nióbio do mundo, um mineral raro e caríssimo. Sua exploração segue o mesmo caminho: controlada por empresa estrangeira e o estado recebe uma mínima participação no lucro. Não podemos deixar de citar também a dívida pública estadual que consome boa parte dos cofres do estado.

A nossa luta em prol dos professores, e pela educação, está diretamente ligada a nossa luta pela soberania, garantindo que nossas riquezas sejam de fato nossas, aplicadas em nossa terra, para a emancipação do nosso povo. O fato é que ainda somos colonizados economicamente, e enquanto isso perdurar, a palavra liberdade estará incompleta, e continuaremos com as justificativas da responsabilidade fiscal.

O espírito de Tiradentes, e tantos outros lutadores e lutadoras deve ser o combustível para nortear nosso povo, na luta por LIBERDADE.

Viva a greve dos professores, viva a luta do povo mineiro!

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