Debate Consequências e Alternativas para Crise
09:30
O Conselho Nacional de Entidades Gerais da União Nacional dos Estudantes da UNE, aprovou neste domingo (22), moção de apoio ao povo do Maranhão e em defesa do governador Jackson Lago, frente aos ataques do feudo Sarney, que busca na justiça a sua cassação por abuso do poder econômico no 2º turno da eleição contra Roseana Sarney em 2006.
A moção foi apresentada pelo MOVIMENTO REINVENTAR e aprovada por unanimidade dos mais de 700 participantes do Conselho realizado na UNIP Vergueiro em São Paulo. O Conselho também aprovou o regimento do 51º Congresso Nacional da UNE – CONUNE, que se realizará de 15 à 19 de julho, na cidade de Brasília – DF, durante os dois dias de debates também foram discutidos temas como a crise mundial, Conferência Nacional de Educação, que se realizará entre os dias 23 e 27 de abril de 2010 em Brasília. Representantes do MST chamaram a atenção dos estudantes para os ataques da grande mídia e de setores do judiciário que vem buscando de todas as formas criminalizar os movimentos sociais.
Os integrantes do REINVENTAR, que é formado por diversos estudantes independentes e também por militantes da JS/PDT, apresentaram a campanha em defesa da meia-entrada e contra o PL 4571/08 que trata da regulamentação da “meia” e da inclusão de cotas. A coordenação do REINVENTAR estabeleceu metas e tarefas para a construção do Movimento em todas as regiões do país e promover debates em torno da educação e de um ME independente e vínculos com governos, a principal meta agora e levar a campanha da meia-entrada para o maior número de universidades e escolas do Brasil. Maiores informações e solicitação de materiais através do e-mail, reinventarbrasil@gmail.com
16:11
Debate Público será realizado nesta sexta feira 13 a partir das 9 horas com transmissão da TV Assembléia, você pode acompanhar neste site
Confira a programação clicando na imagem ao lado.
O que é
O Plano Decenal de Educação encaminhado pelo Executivo, contido no Projeto de Lei (PL) 2.215/08, estabelece objetivos, metas e ações para a política educacional do Estado nos próximos dez anos. O projeto atende a Lei Federal 10.172, de 2001, que determina aos Estados, Distrito Federal e municípios a elaboração de planos decenais de educação, com base no Plano Nacional de Educação. As metas abrangem educação infantil, ensinos fundamental e médio, educação superior; educação de jovens e adultos; educação especial; educação tecnológica e formação profissional; educação indígena, de escolas rurais e quilombolas; formação e valorização dos profissionais da educação; financiamento e gestão e interação entre as redes de ensino.
Entre as metas listadas pelo governo estadual, destacam-se:
Em todo o plano, uma das metas que se repete é a que visa à melhoria do desempenho dos alunos, a fim de que a universalização da oferta seja acompanhada pela qualidade do ensino. A implementação das metas dependerá de disponibilidade orçamentária e financeira.
Jornada de tempo integral e ensino fundamental
de nove anos na rede pública e privada
Entre as metas relacionadas aos ensino fundamental, destacam-se as que dizem respeito à ampliação progressiva da jornada escolar diária, visando à oferta de tempo integral para 40% dos alunos de 4 e 5 anos, em dez anos, priorizando os que se encontram em condição de maior vulnerabilidade social; e 60% dos alunos do ensino fundamental, em dez anos, priorizando também os que se encontram em condição de maior vulnerabilidade social. O governo espera, ainda, ter todos os alunos sabendo ler e escrever aos 8 anos, em três anos; e elevar a taxa de atendimento escolar para 98% em três anos, consolidando a universalização do acesso à escola pública na faixa de 6 a 14 anos.
Outras metas são:
Com relação ao ensino fundamental de nove anos, com matrícula aos 6 anos, a meta do plano é implantá-lo em todas as escolas públicas e privadas, até 2010. De acordo com o Executivo, Minas já responde por 37,2% do total de matrículas no ensino fundamental de nove anos existentes no Brasil - índice elevado para 61,7% quando se consideram apenas as matrículas nas redes estaduais. Quando a comparação é feita com a Região Sudeste, as matrículas em Minas representam 57,5% do total na região e 75,9% quando são consideradas apenas as matrículas nas rede estaduais.
Maior oferta de formação profissional no ensino médio
Quanto à educação tecnológica e formação profissional, apenas 1,6% das matrículas na educação básica estão na educação profissional de nível técnico, enquanto no Brasil a média é de 1,1%. Para mudar essa realidade, o plano se propõe a elaborar, em dois anos, plano de expansão e gestão da educação profissional, articulado com a educação básica e a formação de jovens e adultos. Também se propõe a criar um sistema de informações de mercado de trabalho e a estabelecer um regime de cooperação com setores produtivos e ONGs na oferta de educação profissional.
Outras metas para o ensino médio são:
Recursos didáticos e merenda
O governo admite que o ensino médio acumula problemas derivados da ineficiência e da baixa qualidade dos níveis anteriores, e traz indicadores piores. Para reverter esse quadro, o Executivo se propõe a:
Qualificação profissional e desafios para a gestão
Com relação aos profissionais de educação, o PL 2.215/08 traz várias metas, entre elas:
No que diz respeito à gestão, uma das metas do plano é tornar disponível, a partir do seu primeiro ano de vigência, base de dados educacionais atualizados em rede e em tempo real, abrangendo informações contidas no Atlas da Educação do Estado de Minas Gerais. Outras são:
05:44
"Vinte hectares de capim verde, garantia de que nunca mais puxará carroça ou usará sela, liberdade para correr, relinchar ou dormir quando o instinto mandar. O que mais pode um cavalo querer? Para o manga-larga Preto, único animal do sítio Tira-Teima, em Maricá, a 100 quilômetros do Rio, a vida mansa começou há três anos e não tem prazo para acabar. Foi um presente deixado pelo senador Darcy Ribeiro antes de morrer de câncer, em fevereiro de 1997. “Meu cavalo preto fica aposentado, com direito de comer o capim que achar até o fim da vida”, escreveu o mais efusivo antropólogo que o Brasil já conheceu, numa carta que gostaria de ver anexada ao testamento que registrou em 1995. Ministro, vice-governador, acadêmico, educador, sociólogo, etnólogo e imperador da Festa do Divino em Montes Claros, o criador de “fazimentos” ousados como o sambódromo não pára de criar surpresas. A última delas virou problema para o juiz Mário Gonçalves, da 7ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio. Responsável pelo inventário de Darcy, que não tinha filhos, o juiz está em dificuldades para bater o martelo sobre a partilha dos bens.
Os beneficiários do testamento estão preparados para uma espera ainda maior. Um deles é o médico Frederico Ribeiro, sobrinho mais velho, que herdou um presente de grego. Darcy deixou para ele sua parte na casa onde nasceu, em Montes Claros, Minas. Mas sob uma condição: “... que desmonte a velha casa existente no local e a remonte no sítio pertencente ao seu pai, Mário Ribeiro.” A casa, modesta, fica no centro da cidade e hoje abriga uma instituição de apoio a menores carentes. É feita de adobe moldado por uma armação de madeiras. “Foi uma sacanagem dele com o Fred, para criar problema mesmo”, conta o sociólogo Paulo Ribeiro, irmão de Frederico. A justificativa de Darcy para insistir na inusitada cláusula é outra piada: “Ele queria a casa no sítio para seu fantasma assustar os visitantes homens e adular as mulheres”, recorda Paulo.
Homem fede
A implicância com os homens e a paixão pelas mulheres, algumas das incontáveis manias de Darcy, são evidentes no testamento. Paulo, o parente mais querido, foi o único herdeiro masculino, já que não se pode classificar Frederico como herdeiro. Paulo recebeu uma casa no sítio Tira-Teima, onde reina o cavalo Preto. Além do sobrinho e da Fundação, só há mulheres no testamento. “Ele dizia que não deixaria nada para os homens porque homem fede muito”, diz Paulo. “A loucura dele pelas mulheres não é folclore. Ganhar uma moça de 20 e poucos anos, mesmo já velho, era fácil. Ele era danado”, atesta a amiga Tatiana Memória, vice-presidente executiva da fundação, de 72 anos. Ela recebeu de Darcy o usufruto vitalício do coqueiral do sítio de Maricá. “Fiquei brava porque não entendo disso nem tenho dinheiro para manter o sítio. Ele fez uma carta tirando o maldito usufruto, mas não registrou no cartório”, diz.
O professor usava o cavalo para passear de charrete em Maricá – sempre ao lado de mulheres, claro. “Ele dizia que o cavalo jamais voltaria a ser escravo de ninguém”, conta o caseiro Marcos Antônio da Costa. Marcos cuida do sítio desde 1989 e, por ser homem, ficou fora do testamento. “Mas eu herdei uma grande lição de vida. Ele me dizia que viver com profundidade vale muito mais do que qualquer imóvel”, contenta-se.
Maricá foi o cenário de uma das maiores travessuras de Darcy. Em 1995, ele enlouqueceu os médicos do Hospital Samaritano, no Rio, ao fugir da UTI. Depois de 21 dias de internação para se tratar do câncer, ele deixou o hospital para se esconder em sua casa em formato de oca indígena na praia de Maricá, projetada por Oscar Niemeyer. “No hospital só tinha gente querendo morrer, eu quero viver”, justificou. Acabou vivendo mais dois anos, até ser vencido pela “bolinha maligna”, como ele definiu o câncer que já lhe tirara um pulmão em 1974. A casa da praia ficou para a cunhada Jaci, casada com Mário Ribeiro, único irmão do senador. A exigência: após a morte da cunhada, deve ser transferida para suas quatro filhas. Os quatro filhos homens não ficam nem com um tijolo. “Isso não tem valor legal porque os oito filhos são herdeiros”, observa o sobrinho preferido.
Darcy ainda tinha em Maricá um sobrado com quatro pequenos apartamentos. As herdeiras são quatro de suas melhores amigas: Theresa Teixeira, Maria de Nazareth Gama e Silva, Gisele Moreira e Irene Ferraz. Tatiana Memória garante que, entre as quatro, apenas uma foi namorada de Darcy, mas não revela qual. Theresa Teixeira, sua chefe de gabinete em Brasília, responde a processo por apropriação indébita por ter retirado R$ 146 mil da conta de Darcy, no dia de sua morte. Ela apresentou uma carta assinada pelo senador autorizando o saque, mas a carta está em perícia a pedido da Justiça. Mais uma confusão.
Os bens mais valiosos de Darcy foram deixados para a fundação administrada por Tatiana Memória: um apartamento na praia de Copacabana, os livros, arquivos, obras de arte e o equivalente a R$ 470 mil depositados na Suíça, fruto da venda de seus livros na Europa e de um fundo de garantia que recebeu da OEA. Cerca de R$ 240 mil já foram usados por Tatiana para comprar a atual sede da Fundação Darcy Ribeiro, um casarão em Santa Teresa, no Rio. O advogado Wilson Mirza, que acompanhou Darcy desde os tempos do exílio, é o testamenteiro, responsável por zelar pelo cumprimento das vontades do amigo. Ele se lembra da descontração que tomou conta do apartamento de Darcy quando ele ditou seu testamento. O clima era de velório e os amigos não escondiam a consternação pelo fato de, pela primeira vez, Darcy admitir a hipótese da morte. “Ele sentiu o peso e foi logo dizendo: ‘Vocês não fiquem aí com essas caras fúnebres porque eu não vou morrer ainda, tenho de escrever um livro antes.’ Era um homem muito diferente”, recorda Mirza. Darcy só perderia a luta contra o câncer dois anos depois. Nesse período, escreveu não apenas um, mas quatro livros.
Sobrou tempo para escrever um livro de poesia: Eros e Tanatos, pela Record. Se são poemas eróticos? “Eróticos demais. Eu quase não publiquei, mas os poetas que consultei me convenceram a publicar. Darcy virou poeta no finzinho da vida”, diz Tatiana. A fiel escudeira de Darcy no projeto dos Cieps espanta a idéia de que ele tinha medo da morte. O que o “fazedor de coisas” abominava, segundo Tatiana, era a idéia de não mais realizar, dizer adeus aos “fazimentos”. E não mais poder divertir o mundo ao seu redor com lições bem-humoradas de amor à vida, como as frases que usava para explicar seus arroubos intelectuais. “Mais vale errar se arrebentando do que poupar-se para nada”, dizia o poeta Darcy.
Fonte: Sitio do PDT
14:06
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