1 Ano sem Jeferson Peres

A morte súbita do senador Jeferson Peres justifica uma nota de pesar e homenagem a um político que a diferença de tantos que justificam o nosso repúdio, merece a mais comovida benção da nacionalidade.

Jeferson Peres integrava o veio mais vital e sadio da política brasileira dos últimos anos. Ele confirmou isto em sua última declaração, na tribuna do senado, na última 3a. feira, dia 20 de maio. Considerando ridícula a opinião de um correspondentedo New York Times que, como um reles imbecil, propõs a internacionalização da Amazonia. O senador concluiu o seu discurso afirmando que aquela era uma posição ridícula e que não temia nenhuma invasão das forças estrangeiras contra a soberania brasileira sobre a Amazonia; o que temia mesmo era a ação de forças brasileiras, “as madeireiras e pecuaristas que podem provocar o holocausto naquela nossa região”!

Todos agora incensarão o senador. Afinal, como disse alguem: “quando morremos nos transformam em santos!” Mas são muito evidentes os nomes que dirão em silêncio, depois dos elogios de praxe: “Já vai tarde, Jeferson!” Seus nomes: Blairo Maggi(*), governador do Mato Grosso e plantador de sorja, Collor de Mello, Luiz Esteves, cassado no Senado com oconcurso de J. Peres, os arrozeiros das muitas “Raposas do Sol” da Amazonia, e tantos outros que matam e desmatam na Amazonia e no Brasil afora. Depois das palavras firmes em defesa da Amazonia brasileira contra as forças estrangeiras e brasileiras, o senador, com passos muito serenos, deixou a tribuna sem saber que aquele tinha sido o último dos seus memoráveis posicionamentos políticos.



Viva Jeferson Peres!
Extraido do Blog do Professor Fernando Massote

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