Carta do PDT de Minas Gerais à Convenção Nacional do PDT

Carta do PDT de Minas Gerais à Convenção Nacional do PDT
São Paulo – 12 de junho de 2010


O Brasil viverá em 2010 um ano de grande importância histórica, um processo eleitoral que decidirá o futuro do nosso país. Dois caminhos estão claros: ou caminhamos para superação dos problemas financeiros do país, com mais regulamentação do setor, com correção das distorções de juros e capitais especulativos, com marcos regulatórios condizentes com uma nação soberana e justa com seu povo, somadas a ações de crescimento das áreas sociais e de geração de emprego e renda ou deixamos o caminho de avanços e retroagimos à fase entreguista da nação brasileira. Fase qual vamos reviver privatizações, sucateamento da educação, saúde, juros altos e especulativos, remessas mais gordas ainda aos países do centro, falta de regulamentação do mercado financeiro, falta de desenvolvimento do estado e vários outros fatores que já conhecemos e enfrentamos anteriormente. Com certeza, o caminho que apontaremos é pela continuidade dos avanços, que agora deverão incluir a política econômica na agenda de transformações.
Após oito anos da vitória de Lula em 2002, há ainda forças sociais dispostas a apoiar essas rupturas com os setores que mais ganharam com a velha relação Estado-Sociedade, com o dogmatismo da “responsabilidade fiscal” à serviço dos que vivem aqui e no mundo dos juros da dívida pública e de uma ordem econômica dissociada do valor do trabalho e do incentivo à produção e geração de mais e melhores empregos. A supremacia dessa velha ordem é oriunda do legado de FHC e do Pacto assinado com as elites rentistas dos juros e do “mercado” em 2002 na “Carta ao Povo Brasileiro”, precisa ser superada. A evolução da dívida pública, alimentada por decisões de política cambial, monetária e fiscal, sem a análise crítica e o poder de veto ou alteração do Congresso, permitiu que chegássemos em 2010 com os gastos da dívida pública superando em cinco vezes os gastos federais na saúde, educação, ciência e tecnologia e combate à pobreza. Traduzindo em números exatos referentes ao período de 2000 a 2007 os gastos federais com a dívida pública chegaram a R$ 1,267 trilhão de reais enquanto foram aplicados na saúde apenas R$ 315 bilhões, R$ 149 bilhões na educação e R$ 98 bilhões nos investimentos.
Daqui pra frente, os caminhos que o Brasil deve trilhar são os caminhos que nos levarão ao fim de uma velha ordem. É preciso coragem para fazer os necessários e verdadeiros enfrentamentos, aos muitos interesses que ainda mandam em nosso território. O Presidente LULA, e o conjunto das forças de coalizão mais avançadas desse governo tem representatividade, força política e história para chamar e conduzir o País nessa direção. Esse é o compromisso do PDT.
É justamente nesse contexto que reafirmamos nosso compromisso com a candidatura da companheira Dilma Roussef. Nós trabalhistas temos um legado histórico que sintetiza as lutas do nosso povo, em nome da soberania nacional, dos direitos dos trabalhadores, dos aposentados, da educação, da reforma agrária... prova disso foi a importante contribuição que demos ao integrar a coalizão do governo Lula, garantindo os direitos dos trabalhadores e batendo recorde na geração de emprego.
A elite brasileira sempre tão voraz na defesa de seus ganhos e na obtenção do lucro fácil, sempre deu as costas ao nosso povo. O Brasil não pode mais com migalhas e subserviência internacional. A volta dessa elite significa a volta do desemprego, das privatizações, do sucateamento das Universidades Públicas... essa é tônica de um governo de direita.
O PDT Minas Gerais presente nessa convenção nacional vem manifestar a todos os seus presentes, que os pedetistas daqui querem e aprovam o caminho dos avanços, o caminho progressista, sem sermos ingênuos em acreditar que tudo esta perfeito. É preciso caminharmos muito ainda para tão almejada sociedade trabalhista, ou melhor: para o Socialismo Moreno como classificou Leonel Brizola
Avançar sempre, retroceder jamais.

Minas é Dilma.

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