Está virando rotina a presença da força policial nos campus de universidades pública e privada brasileiras, basta o movimento estudantil se organizar para se manifestar e logo a policia é chamada a reprimir o movimento.

Foi assim quando em 2007, a Tropa de Choque invadiu a Unesp/Araraquara, assim também aconteceu com a pacifica movimentação estudantil na Faculdade de Direito da USP e na reitoria da Unicamp.

Agora a Polícia Federal está invadindo e fechando rádios operadas por estudantes, como aconteceu na Unimep em 18 dezembro de 2007; ou seja, estão calando os estudantes.

Afinal, é possível que uma universidade seja um espaço de questionamento se constantemente a policia reprime o movimento estudantil dentro do campus? A resposta é não. Basta olharmos a história recente do Brasil, durante o período de ditadura a policia prendeu centenas de estudantes simplesmente porque questionavam ou não aceitavam a crueldade do sistema. Muitos dos presos misteriosamente não retornaram às suas casas.

O movimento estudantil rendeu bons frutos ao país, hoje, muitos dos presos naquela época em que a "policia" agia livremente dentro das universidades, tornaram-se políticos brasileiros importantes.

Nós, jovens estudantes de hoje, não tivemos a experiência de conviver com a ditadura, mas temos a obrigação de lutarmos para que ela não volte, temos que assegurar o direito a expressão e impedir que o Estado Brasileiro mais uma vez tente calar os estudantes. E lutar veementemente para que a polícia fique fora das universidades e assim permita que dos questionamentos e movimentos estudantis, democraticamente, no Brasil nasçam cidadãos conscientes de que cabe a eles mudar a triste cenário social e moral do Brasil.

Impedir sociedade/estudantes de se expressar é um grave atentado à democracia, usar a força policial como braço armado do estado para repressão de movimentos organizados em favor de uma causa é coisa de governos ditatoriais.