Movimento Estudantil

“O novo sempre vem...”


O movimento estudantil no Brasil pode e deve vangloriar-se, por ser o único movimento de massa unificado. No sindical existem mais de dez centrais; o mesmo ocorre no comunitário, dos trabalhadores rurais e do hip hop.... A unidade sempre foi uma das marcas do movimento estudantil.


O movimento estudantil foi sempre combativo, nunca fugiu à luta. Esteve à frente dos principais embates do povo brasileiro, da campanha do Petróleo é nosso até o Fora Collor, passando pelas Diretas.


A característica central da atuação do movimento estudantil foi sempre à defesa dos interesses dos estudantes e do povo brasileiro, independente de quem dirigia os rumos do País. Chegou a transferir sua sede para Porto Alegre, quando o então governador Leonel Brizola dirigiu a campanha da legalidade contra o golpe militar que visava impedir a posse de Jango Goulart, sucessor legal de Jânio Quadros, que renunciara ao mandato. No governo Jango, apoiou as transformações sociais que aquele governante defendia. Apoiou também de forma decisiva a posse e as iniciativas anti-neoliberais do presidente Itamar Franco em seu breve período de presidência, mas sem perder em nenhum desses momentos sua independência e autonomia.


Lamentavelmente, nestes últimos cinco anos o movimento estudantil vacila. Não se bate com a força necessária contra a política macro-econômica, anti-nacional e anti-popular imposta à Nação. Esse é o grande desafio da nossa intervenção no movimento estudantil, reverter e denunciar o imobilismo da atual força hegemônica no movimento estudantil e propor nova alternativa aos estudantes.


Entendemos que antes de mais nada, o movimento estudantil se constrói pela base, dentro das faculdades, dos colégios, ao lado dos estudantes. Compreendendo as mais diversas demandas e voltando-se para dentro da entidade. Nesse sentido, nosso foco central tem de ser as disputas de base: Grêmios e entidades municipais, no movimento estudantil Secundarista; DA’s (Diretório Acadêmico), CA’s; (Centro Acadêmico) e DCE’s (Diretório Central dos Estudantes) no movimento estudantil Universitário. Essa disputa tem que ter como norte a organização das bases estudantis, com lutas locais e lutas amplas integrando e construindo Entidades Gerais em esferas maiores como: UCMG (União Colegial de Minas Gerais) e UBES (União Brasileira dos estudantes secundaristas) para os secundas; e no Movimento universitário a UEE (União Estadual dos Estudantes) e a famosa UNE (União Nacional dos Estudantes). Todas essas esferas do Movimento Estudantil devem caminhar sintonizadas, com autonomia e independência perante a qualquer governo, na defesa dos interesses dos estudantes, da juventude, e do povo Brasileiro. É preciso resgatar o espírito de lutas de outras gerações, agitar as massas e encarar os desafios dentro da nossa realidade.


A UEE e a UNE são entidades de grande peso histórico e político, mostrando que estudantes organizados são capazes de encarar muitas lutas. Não podemos deixar que toda a história do Movimento Estudantil seja jogada no lixo através de gestões pelegas, imobilizadas e conivente com os diversos ataques aos estudantes e à juventude como um todo.


Em 2009 é hora de arregaçarmos as mangas e ir pra dentro das escolas e universidades buascando organizar os estudantes para as disputas que virão por aí.


Por JS Minas Gerais






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