Palestra de Josbertini Clementino na ALMG

Juventude deve ser priorizada no desenvolvimento do Estado


"A juventude deve ser priorizada no desenvolvimento do Estado", disse Josbertini Virgínio Clementino, membro da JS PDT e do Conselho Nacional da Juventude, respondendo à pergunta sobre o que deverá constar na agenda da Assembleia nos próximos anos durante o Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais. Para ele, falar sobre o tema juventude já se reveste de uma dificuldade inicial por se tratar de um tema novo, que acaba se tornando invisível frente a outros considerados mais prioritários.




No Brasil, segundo Josbertini, somente em 2005, com a sanção da Lei 11.129, o Governo Federal passou a dar importância a esse segmento, definindo inclusive a faixa etária incluída na definição do jovem: 15 a 24 anos. Não por acaso, também em 2005, foi criada a Secretaria Nacional da Juventude, vinculada à Presidência da República, com a consequente instalação do Conselho Nacional da Juventude.

Já em 2008, por iniciativa da Presidência, foi realizada a I Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, embrião para a aprovação, em 2010, da Proposta de Emenda à Constituição 42/08, a chamada PEC da Juventude. A proposta insere o termo juventude no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal, elevando as políticas para a juventude a políticas de Estado.

A relevância que o tema ganhou hoje no País, de acordo com Josbertini Clementino, deve-se a vários fatores, entre eles, a importância populacional do segmento. "Nunca tivemos e nunca mais teremos tantos jovens na população brasileira como agora", afirmou. Além disso, a ausência histórica do Estado em assistir essa população contribuiu para a precariedade da condição juvenil, segundo ele. E por último, para construir o desenvolvimento é preciso preparar essa geração de jovens que, em breve, assumirá os destinos do País.

Apesar da importância que essa faixa etária assume no Brasil, o quadro atual das condições dos jovens não é animador. Segundo o IBGE, 40% vivem em famílias sem rendimento ou até com meio salário mínimo; a cada dois desempregados, um é jovem, sendo que somente 35% têm carteira assinada; o desemprego atinge mais intensamente jovens negros e mulheres; dois terços da população carcerária do País é de jovens. Para completar, de cada 10 jovens brasileiros, sete acreditam que vão ter piores condições de viver e trabalhar que seus pais.

Na avaliação de conselheiro nacional da Juventude, Josbertini Clementino, os próximos passos para que os jovens consigam ampliar políticas públicas em seu favor seriam a aprovação do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto da Juventude, que já tramitam na Câmara dos Deputados. Em Minas Gerais, continua Josbertini, os desafios maiores são aprovar a PEC e o Plano Estadual e ainda o Estatuto da Juventude, em sua versão estadual. 

Fonte: SECOM JS MG


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